quarta-feira, 16 de novembro de 2011

24º Filme: A Última Gargalhada

TÍTULO: A Última Gargalhada
TÍTULO ORIGINAL: Der Letzte Mann
ANO: 1924
DIRETOR: F. W. Murnau
DURAÇÃO: 87 min (1 hora e 27 min)

MELHOR ATOR/ATRIZ: Emil Jannings (o porteiro)



     "A Última Gargalhada" é o primeiro dos 1001 Filmes a ser narrado praticamente sem nenhum intertítulo que transcreva um diálogo, apenas um no começo do filme, e um epílogo informando o desfecho da história.
     Com uma trama extremamente simples, o filme é focado na vida do porteiro do Hotel Atlantic, interpretado em uma brilhante atuação por Emil Jannings. Homem respeitado pelos moradores de sua comunidade devido a seu cargo, o porteiro tem sua vida alterada quando recebe uma carta de seus superiores informando-lhe que ele seria rebaixado para um cargo inferior por causa de sua idade avançada. O porteiro, agora trabalhando como assistente de toilet, sente uma profunda vergonha de sua nova ocupação e decide ocultar sua nova realidade de sua família e amigos. Logo a verdade vem à tona e o porteiro não suporta tamanha humilhação.
     De acordo com o roteiro original do diretor F. W. Murnau, o filme terminaria de forma triste, onde o porteiro se refugia no banheiro do hotel e ali aguarda sua morte amargamente. Porém, por interferências da UFA, a história teve um segundo final: feliz e totalmente inverossímil, nas palavras do próprio Murnau. Nesse final, um magnata hospedado no hotel deixa sua herança para o pobre porteiro, que se torna um milionário gentil e simpático, em contraste com sua amargura inicial durante o filme.
Emil Jannings como o porteiro rebaixado à
ajudante de banheiro
     Em minha opinião, por se tratar de uma obra com um enredo simples, merecia um final possível, ou no mínimo crível. Confesso que estava torcendo para que a vida do protagonista sofresse uma reviravolta e tivesse um final feliz, porém não tão incoerente com a realidade.
     Destaque para a bela atuação de Emil Jannings, que incorpora o sofrimento da personagem de forma surpreendente e que viria a ser, anos depois, o primeiro ganhador de um Oscar na categoria Melhor Ator por sua participação em  "O Último Comando". 


Nota: 6,5

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Próximo filme: "Sete Oportunidades" (1925)

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